sábado, 4 de junho de 2011

FICHAMENTO 2


NORMANDO, Antonio David Corrêa; ARAÚJO, Izamir Carnevali de. Prevalência de cárie dental em uma população de escolares da Região amazônica. Revista de Saúde Publica, São Paulo, n. , p.294-299, abr. 1990. Disponível em: <http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v24n4/07.pdf>. Acesso em: 01 jun. 2011.
Prevalência de cárie dental em uma população de escolares da Região amazônica
Os levantamentos epidemiológicos sobre cárie dental têm merecido considerações e investigações em nível universal, dada a importância que os estudos deste cunho têm com referência a implantação de sistemas de prevenção e tratamento.Parece ser aceito um conceito geral de que a cárie dental está presente e com índices alarmantes em todas as regiões estudadas no Brasil. No Estado de São Paulo, onde os levantamentos são em maior número, as freqüências são variáveis, dependendo de alguns fatores, entre os quais, e que talvez seja o de principal importância, é o fato do município receber ou não tratamento da água de abastecimento público com flúor; nesse caso as reduções no índice de cárie, após anos de fluoretação, oscilam entre 40 e 65%. Dados epidemiológicos sobre cárie dental na região Norte ainda são raridades, mesmo na zona urbana, e alguns poucos levantamentos existentes são obtidos por alunos das faculdades de odontologia da região através de trabalhos de conclusão de curso, não publicados.Um inquérito individual, a respeito de alguns aspectos sobre a utilização de escovas dentais pela amostra estudada, embora não seja proposição deste trabalho, revelou que 16% das crianças não escovam os dentes porque não têm escova dental e dos 84% restantes que escovavam, 85% o faziam apenas pela parte da manhã.O levantamento do problema cárie dental comprova a influência dos hábitos urbanos na alimentação. Nos resultados obtidos pelo Ministério da Saúde, nas cidades de Belém e Manaus, os CPODs médios encontrados foram de 3,10 aos 7anos de idade e de 7,49 aos 12 anos, e são extremamente semelhantes aos observados no presente estudo, respectivamente 3,4 e 7,7 aos 7 e 12 anos, e que por sua vez são maiores que aqueles encontrados em indígenas da região.A necessidade de tratamento encontrada, tanto na dentição permanente como na decídua, foi de 100% e reflete a imprescindível urgência da implantação de sistemas de tratamento e prevenção da cárie dental. Esse quadro, embora mostrado de maneira agravada, pode ser considerado semelhante ao restante do país.A alta prevalência encontrada permite incluir essa área da Amazônia como uma região com altos índices de cárie dental, segundo os parâmetros da Organização Mundial de Saúde que considera como índices altos de prevalência, aqueles que ultrapassam os valores de 6,6 (CPOD) aos 12 anos de idade.

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